Nesta quinta-feira (16/05), o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, e o diretor do Sindicato Dudu Munhoz, representante do estado na Comissão de Organização dos Empregados do Itaú, tiveram reunião com o superintendente de negócios de agência, João Vitor Martins Silva, e com a Relações Sindicais, Fernanda Nascimento.
A pauta principal foi a pressão por metas neste momento de calamidade pelo qual atravessa o Rio Grande do Sul.
O Sindicato levou ao conhecimento da Superintendência as denúncias de orientações subliminares de GRCs para vendas casadas e assédios por parte de alguns gestores, já ocasionando adoecimento psíquico dos trabalhadores.
Também apresentou a preocupação com a avaliação e o pagamento de comissão, visto que para muitos colegas não será possível trabalhar nem mesmo remotamente neste período. “No momento, não existe cobrança, mas os colegas se sentem inseguros enquanto não há uma posição oficial do Banco sobre o assunto”, explicou Dudu.
O superintendente, que está há pouco mais de um ano no Itaú e é oriundo do do sistema de cooperativismo de crédito, mencionou que acredita ser aplicável um modelo "sem meta", em que a orientação aos trabalhadores está relacionado ao foco no cliente e suas nescessidade para atingir os resultados. Ele se colocou à disposição para ouvir as demandas dos trabalhadores e atuar prontalmente para resolver qualquer desvios de gestão. Também informou que a área de incentivo está trabalhando com garantias de produção para o RS no mês de maio, e que já está em avaliação para o mês de junho.
O presidente Luciano também frisou a importância de um posicionamento claro dos bancos quanto às metas não serem priorizadas nesse momento e destacou a posição do movimento sindical sobre o papel das instituições financeiras: "os bancos não deveriam de comportar como lojas, mas sim como o serviço essencial que são, promovendo educação financeira e prestação de serviços à sociedade. Um atendimento focado nas reais necessidades dos clientes os fideliza e gera resultados da mesma forma. Nesse momento de tragédia, em especial, a única meta admissível é atender as necessidades da população".
Os representantes do Itáu também reforçaram que estão em estudo outras medidas para atenuar prejuízo dos trabalhadores atingidos pela calamidade.
Fonte: SindBancários Poa e Região